segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Recuso-me

De repente leva a esperança
o espesso vento da melancolia
leva-a para o mundo da descrença
do esquecimento, da nostalgia

mas recuso-me a ser triste, a dar
à morte a alegria fenecida
de um pedaço de mim ainda em vida
recuso-me a sofrer, a lamentar

o fado que me perturba e agita
que me encurrala e confunde
recuso-me à morte que artificia

a morte da alma que ainda acredita
num mistério que abrande
o espesso vento da melancolia


MariaJB

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