Há uma casa no olhar
de um amigo.
Nela entramos sacudindo a chuva.
Deixamos no cabide o casaco
fumegando ainda dos incêndios do dia.
Nas fontes e nos jardins
das palavras que trazemos
o amigo ergue o cálice
e o verão
das sementes.
Então abre as janelas das mãos para que cantem
a claridade, a água
e as pontes da sua voz
onde dançam os mais árduos esplendores.
Um amigo somos nós, atravessando o olhar
e os véus de linho sobre o rosto da vida
nas tardes de relâmpagos e nos exílios,
onde a ira nómada da cidade arde
como um cego em busca de luz.
Eduardo Bettencourt Pinto
Para todos os meus amigos, aqueles para quem sou real ou imaginária. Não importa.
Olá Maria,
ResponderEliminarQue bela escolha. Obrigada pela partilha.
Diz-me, pf, o que aconteceu com o blog d'A Peregrina.
Bjs e bom fim-de-semana.
Teresa
ResponderEliminarNão faço ideia o que aconteceu ao blog a que se refere!
Um abraço