domingo, 5 de fevereiro de 2012

Lua


Elevas-te nas trevas e renova-se o espanto
A tua dança, o teu silêncio, o teu mistério
Ao sol não mentem que é maior o teu encanto
Glorioso e branco, gáudio do poeta ébrio

Em amoroso pranto de infortúnio e doçura,
Inocentes e imortais terrores, (em lágrimas o devores                                                  
Em noites de luar na devassa e danada loucura!),
Acorda os cemitérios, os mortos e as flores
                                                 
Os sentimentos, os de amor,  canta-os
A todas as Giuliettas, a todos os amores
Num gozo ímpar em serenatas ao luar, e aos

Céus apela em ardoroso fervor que, nas fases tuas,
Senhora caprichosa, senhora bela, ignores
E nunca lhe reveles o teu lado negro ,ó Lua.     


MariaJB

Sem comentários:

Enviar um comentário