Elevas-te nas trevas e renova-se o espanto
A tua dança, o teu silêncio, o teu mistério
Ao sol não mentem que é maior o teu encanto
Glorioso e branco, gáudio do poeta ébrio
Em amoroso pranto de infortúnio e doçura,
Inocentes e imortais terrores, (em lágrimas o devores
Em noites de luar na devassa e danada loucura!),
Acorda os cemitérios, os mortos e as flores
Os sentimentos, os de amor, canta-os
A todas as Giuliettas, a todos os amores
Num gozo ímpar em serenatas ao luar, e aos
Céus apela em ardoroso fervor que, nas fases tuas,
Senhora caprichosa, senhora bela, ignores
E nunca lhe reveles o teu lado negro ,ó Lua. MariaJB
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