domingo, 29 de janeiro de 2012

Loucura

Em aventura cavalga encantado
Pela Dulcineia, musa inspiradora
Senhora sua, de beleza devastadora
D. Quixote louco e alucinado

Inflado de orgulho e altivez
Altaneiro na sua pileca Rocinante
Num galope torto e exuberante
Ergue a espada com desfaçatez

Aos incrédulos moinhos soldado
- Ai Senhor! Ai Jesus! Reza Pança
Mortificado e sem esperança
- É agora burrico! Estamos acabados!

E os moinhos de velas, enfunados
Agitam-se inquietos e turbulentos
Abrem o peito e bradam ao vento
- Está louco! Está apaixonado!

Na bela e sublime condição
Enfrenta corajoso os gigantes,
E com voz grave e sonante
Responde Quixote com paixão

-Louco?  Deixem-se de tretas!
Não há cavaleiros sem escudeiros
Não há guerras sem guerreiros
Nem Romeus sem Julietas!

MariaJB

Sem comentários:

Enviar um comentário