Trai-me o coração e a alma
Com olhos negros feiticeiros
Em passos belos e ligeiros
Entranha-se com calma
Nas veias como um veneno
Invade-me e expande-se
Amor traiçoeiro. Ai tivesse
Eu os poderes de Heleno!
Teria erguido um alto muro
E à distância de uma seta o
Mataria chorando amor puro
Soberbo Cavalo de Tróia
O meu coração? assalta-o
A minha alma? destrói-a
MariaJB
Que amor intenso é este, que assalta o coração e destrói a alma! Só o poeta verdadeiro tem essa capacidade de desconstruir a matéria, o espaço, o subjetivo apenas para ser lógico, preciso e coerente com a sua metáfora.
ResponderEliminarVerdadeiramente, trata-se de um poema inspirado, daqueles que eleva a escrita ao glorioso patamar da arte.
P.S: Quando verei publicada a sua coletânea?
Marcus
ResponderEliminarMuito obrigada por apreciar.
MariaJB
Acho que ainda não tinha lido este poema.
ResponderEliminarMas acho interessante a coincidência existente.
O soneto é excelente.
Beijo, querida amiga.