sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Traição "Alma de Mariana"

Trai-me o coração e a alma
Com olhos negros feiticeiros
Em passos belos e ligeiros
Entranha-se com calma

Nas veias como um veneno
Invade-me e expande-se
Amor traiçoeiro. Ai tivesse
Eu os poderes de Heleno!

Teria erguido um alto muro      
E à distância de uma seta o             
Mataria chorando amor puro

Soberbo Cavalo de Tróia
O meu coração? assalta-o
A minha alma? destrói-a

MariaJB

3 comentários:

  1. Que amor intenso é este, que assalta o coração e destrói a alma! Só o poeta verdadeiro tem essa capacidade de desconstruir a matéria, o espaço, o subjetivo apenas para ser lógico, preciso e coerente com a sua metáfora.
    Verdadeiramente, trata-se de um poema inspirado, daqueles que eleva a escrita ao glorioso patamar da arte.
    P.S: Quando verei publicada a sua coletânea?

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  2. Marcus
    Muito obrigada por apreciar.
    MariaJB

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  3. Acho que ainda não tinha lido este poema.
    Mas acho interessante a coincidência existente.
    O soneto é excelente.
    Beijo, querida amiga.

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